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quarta-feira, dezembro 14, 2011

"This Bitter Earth/On The Nature of Daylight", Max Richter e Dinah Washington

Caros, farei hoje um replay (algo que tinha me proposto a evitar no blog) comentando outra vez sobre a música "This Bitter Earth/On The Nature of Daylight" da trilha do filme "Shutter Island/Ilha do Medo" de Martin Scorcese. Mas creio que neste caso tenho atenuantes excepcionais: a idéia desta mixagem sonora (mash-up) realmente produziu um resultado musical de grande qualidade e, em segundo lugar,  por extrema sorte, encontrei na internet a edição de video feita para esta trilha musical pelo espanhol "The Silver Dubber" (codinome de Francisco Javier) que lhe agregou imagens editadas do reflexivo documentário "Baraka" de Ron Fricke (1992). Como escrevi antes aqui (http://magmamusica.blogspot.com/2010/09/mahler-e-scorcese.html) me refiro ao inspirado trabalho da parceria entre Martin Scorcese e Robbie Robertson que conseguiu visualizar o encaixe harmônico, perfeito, entre a música do compositor, arranjador e pianista Max Richter (em "On The Nature Of Daylight") e a voz, só a voz, da grande cantora de jazz, soul e rhythm and blues, Dinah Washington (na sua canção "This Bitter Earth"). O resultado intrigante e belo que dá outra dimensão à música é...

Obs. (28/Jan/2012): Infelizmente o video preparado por Silver Dubber foi retirado do ar e não está mais disponível (coisas da internet). Por esta razão o substituí abaixo por outro belo e despretensioso trabalho de edição de video feito por Raphael Phae com a música "This Bitter Earth/On The Nature of Daylight". Para quem quiser conhecer mais sobre o trabalho do Raphael o link é: http://www.raph.ae/#1




Se quiser comparar com a canção gravada originalmente pela Dinah, confira o video a seguir. Abraços!







segunda-feira, dezembro 12, 2011

'Clair de Lune' de Debussy para "Frankie and Johnny"

Meus caros, dia desses passei rapidamente pela Livraria Cultura do Conjunto Nacional, uma das minhas livrarias favoritas aqui em SP. Vinha apressado pois estava entre dois compromissos e além do mais já tinha em mente o livro que procurava. Ao percorrer as estantes atrás do meu objetivo comecei a ouvir uma música longe, suave, com piano e orquestra, vindo de outra seção... Voltei instantaneamente os ouvidos e os olhos para prestar atenção, e decidi procurar o lugar onde ela estava tocando. Vinha da seção de livros, dvds e discos de música clássica, jazz, etc, no último piso da livraria. O que tocava era 'Clair de Lune', belíssima peça de Debussy integrante da sua Suite Bergamasque (de 1890) e uma de suas obras de que mais gosto. Parei, consegui uma poltrona vaga e fiquei apreciando. Me lembrei imediatamente de um filme que usou (e bem) esta música em sua cena final: "Frankie and Johnny", de 1991 com Michelle Pfeiffer e Al Pacino. Um filme sobre pessoas simples cujas vidas se cruzam em Manhattan. É um belo filme e a música na cena final é um achado do diretor (Gary Marshall) que consegue contrastar a sutileza e leveza desta com a objetividade e certa dureza dos personagens num momento de reaproximação...
Não falarei mais aqui para não estragar a oportunidade e o interesse de quem ainda não conhece o filme e queira conferir. Para estes recomendo não clicar no primeiro video abaixo mas sim no segundo que contém a bela execução da The Philadelphia Orchestra sob a regência de Wolfgang Sawallisch em 1999 no Japão.
Para os que já assistiram ao filme e quiserem relembrar, como eu quis, este bonito momento final, sugiro o primeiro video. Em ambos os casos, bons sonhos...

PS de 23/Abr/2013: infelizmente o clip da cena/música final foi retirado e não consegui mais localizar outro igual como fonte... uma pena. No seu lugar adicionei abaixo a versão para violino com o grande David Oistrakh acompanhado ao piano por Frida Bauer (gravação em Paris em 1962) que também apreciei muito.




quarta-feira, novembro 30, 2011

"O Discurso do Rei" e o Allegretto da 7a. de Beethoven

Meus caros amigos,
Vi finalmente outro dia pela TV a cabo o filme "O Discurso do Rei", bastante premiado na última edição do Oscar (prêmios de melhor filme, ator, diretor e roteiro original). De fato o filme conta com boas atuações de Colin Firth e Geoffrey Rush e não deixa de ser interessante desenvolvendo a trama de forma a preparar o seu momento mais 'dramático': a hora do discurso do rei George VI (Firth) aos seus súditos britânicos, pelo rádio, no início da II Grande Guerra.
Pois bem, este momento do filme conta com uma importante e especial aliada: a música do 2o. movimento (Allegretto) da 7a. Sinfonia de Beethoven, Opus 92. A Sétima foi composta por Beethoven em 1811 e dedicada ao Conde Moritz von Fries. O próprio compositor a descreveu, quando do seu debut, como uma de suas melhores obras até aquele momento. Pressione o link abaixo para desfrutar dessa esplêndida música através da execução da Royal Concertgebouw Orchestra de Amsterdam (uma das melhores orquestras do mundo) sob a regência do maestro Carlos Kleiber - um especialista "artesão" de poucas porém grandes obras. Abraços...


quinta-feira, novembro 24, 2011

Reflexões ao som de Laurence Juber



"There Are Places I Remember..." Há dias que, ao chegarem ao seu final, nos fazem querer exclusivamente paz, tranqüilidade e silêncio. Paz no fundo de nossos corações. Este é um desses dias. E para embalar isto lembrei de um arranjo absolutamente límpido do violonista Laurence Juber para a música "In My Life" de Lennon e McCartney. Juber, aqui acompanhado exclusivamente do seu violão de cordas de aço, é um ótimo violonista  de formação clássica que tocou na memorável banda "Wings" de Paul e Linda McCartney. Esta versão mais reflexiva que a original é do seu album solo "LJ Plays the Beatles" de 2000. Uma boa viagem...

terça-feira, novembro 08, 2011

A Arte em "Melancholia"


Caros,
Já há algum tempo assisti e desde então tenho recomendado muito a amigos (que ainda não assistiram) para não perderem o filme "Melancholia" do diretor Lars Von Trier e com os atores Kirsten Dunst, Charlotte Gainsburg e Kiefer Sutherland. Denso, incômodo, provocativo... há vários adjetivos para descrevê-lo. Mas sem dúvida genial. A despeito das besteiras ditas pelo diretor no último festival de Cannes, fato que o alijou da disputa e o tornou persona non grata no festival, o filme é uma obra de arte impressionante.
Tive a sorte de encontrar na internet e poder colocar aqui a sequência da abertura do filme que é, na minha opinião, antológica. As imagens são verdadeiras pinturas. Os movimentos bem lentos, quase fotográficos, tornam mais graves as expressões dos atores. Tudo isto com a presença de uma grande personagem: a música magistral de Richard Wagner no seu Prelúdio para o 1o. Ato de "Tristão e Isolda". Aliás, esta obra musical merecerá oportunamente um post só seu.
Sem mais palavras, não perca o aperitivo abaixo, expanda a imagem da telinha para acompanhar e depois procure assistir ao filme no cinema ou em tela grande. Certamente ficará vários dias em sua memória.

segunda-feira, outubro 31, 2011

Protesto de Ricardo Muti com o "Va Pensiero" de Verdi

Meus queridos, hoje usarei o meu post para dividir com vocês um momento de bela e inspiradora música... usada como instrumento de protesto. Talvez já tenham visto ou lido a respeito pois o fato ocorreu no início deste ano. De toda forma, trago hoje um trecho da transmissão da RAI da comemoração dos 150 anos da criação da Itália na noite de 12/Mar/11, no Teatro de l'Opera de Roma. Encenava-se a ópera Nabucco de Verdi, um símbolo da unificação do país, com a regência do importante maestro Ricardo Muti. Comentou-se que estava presente ao teatro (informação que não consegui confirmar)  o polêmico primeiro ministro Sylvio Berlusconi cujo governo dias antes tinha anunciado amplos cortes no orçamento da pasta da cultura, fato que gerou muitos protestos na imprensa e na população. Antes da apresentação ter início o prefeito de Roma, Gianni Alemanno, fez um discurso protestando contra as medidas (cortes), o que trouxe eletricidade e tensão à casa. Conforme informou depois à imprensa Muti notou uma grande ansiedade no público quando teve início o "Va Pensiero", o canto dos escravos hebreus. A emoção do público foi escalando a partir do momento em que o côro entoou os versos "...ó minha pátria, tão bela e perdida..." e, ao final, explodiu em aplausos e gritos de "Bis", "Viva Itália", "Viva Verdi".
A partir daí começa o video abaixo. As faces solenes dos cantores, os aplausos e apupos, até que se houve um grito destacado de "longa vida à Itália". Neste momento o maestro Muti encara a platéia e toma a palavra com o seguinte discurso (numa tradução livre): 
"Sim, longa vida à Itália mas ... [aplausos]. Não tenho mais 30 anos e já vivi a minha vida, mas como um italiano que percorreu o mundo, tenho vergonha do que se passa no meu país. Portanto aquieço a vosso pedido de bis para o 'Va Pensiero'. Isto não se deve apenas à alegria patriótica que senti em todos, mas porque nesta noite, enquanto eu dirigia o coro que cantava 'ó minha pátria, tão bela e perdida' eu pensava que se continuarmos assim mataremos a cultura sobre a qual se assenta a história da Itália. Neste caso, nós, a nossa pátria será verdadeiramente 'bela e perdida'. [aplausos emocionados, incluindo os cantores do espetáculo]
Reina aqui um clima itálico; eu, Muti me calei por longos anos. Gostaria agora... nós deveriamos dar sentido a este canto; como estamos em nossa casa, no teatro da capital, e com um côro que cantou magnificamente, e que foi magnificamente acompanhado pela orquestra, se for do vosso agrado, proponho que todos se juntem a nós para cantarmos juntos."
E assim Muti concedeu o bis com o coral e o público cantando o "côro dos escravos". Toda a ópera se levantou. Ao final muitos aplausos e choro incontido. Sem dúvida foi um momento emocionante, belo e de coragem. Uma mensagem direta de insatisfação para com a classe política dirigente daquele país. Um exemplo bonito e inspirador...



sexta-feira, outubro 28, 2011

Sassy... a divina Sarah Vaughan

Meus caros, hoje faço homenagem a uma graaande voz que passou por este planeta, nos deixou em 1990, mas ainda hoje consegue me fazer calar em absoluta admiração. Como ontem à noite quando pela enésima vez tive vontade de escutar algo cantado por ela, a divina Sarah Vaughan, e procurei na internet um link para ouvi-la. Rapidamente me deparei com um lista enorme de alternativas no YouTube. Considerando minha vontade de relaxar do stress de um dia longo escolhi um standard simples, alegre, e já muito bem gravado (Sinatra, Nat King Cole, Mel Tormé, Dinah Washington, entre outros) e que eu já tinha admirado antes na interpretação dela: "Fly Me To The Moon" (composição de Bart Howard). Bom, se puder acionar o link abaixo enquanto termina de ler este post certamente você entenderá o que digo... É simplesmente incrível, admirável mesmo, o que Sarah consegue realizar com uma música aparentemente descompromissada e despretensiosa como esta. Escute até o final para saborear como as suas modulações sofisticadas, sua incrível versatilidade, seus graves aveludados e seus agudos hora delicados, hora potentes, simplesmente... existem. Um dia conversando com o meu caro amigo Renzo Mora, também admirador dos standards americanos, falávamos da onda de jovens cantoras de jazz (mais pop jazz que qualquer outra coisa) que vinha surgindo nos últimos anos. Falávamos como uma ou outra cantora, aqui e ali, mostrava talento e prometia, etc. Mas ao lembrarmos do grande triunvirato feminino do vocal jazz (Sarah, Ella e Billie) acabamos, como sempre, chegando à conclusão de que ainda está para aparecer quem possa se juntar a esse clube. Em tempo, esta gravação é do disco "Sassy Swings at the Tivoli", gravado ao vivo na Dinamarca em 1963. Aprecie sem moderação.


quarta-feira, outubro 05, 2011

A 8a de Mahler com a OSESP

Caros, ontem na Sala São Paulo assisti à impressionante execução da 8a Sinfonia de Mahler (a "dos mil" integrantes) pela OSESP sob a regência do maestro russo Gennady Rozhdestvensky, apoiada por três corais e por cantores solistas. Nesta rara oportunidade eram mais de 400 pessoas no palco. Aparentemente, conforme a palestra ocorrida antes do espetáculo, fazia mais de 30 anos desde a última execução aqui em São Paulo desta obra grandiosa, difícil, que parece querer alcançar aos céus em vários momentos. Nela há momentos absolutamente sublimes. Melhor do que dizer é poder oferecer aqui, especialmente a quem não pôde comparecer ao belo espetáculo de ontem, uma amostra desses momentos celestiais. Fiquem com o "Chorus Mysticus" que encerra a sinfonia de maneira magistral. Neste video a obra está sob a batuta de Simon Rattle com a National Youth Orchestra of Great Britain, coros e solistas em audição de 2002 no Royal Albert Hall, Londres.

sexta-feira, setembro 30, 2011

Belíssimo "Liebestod" de Waltraud Meier

Meus queridos, aproveitando para usar mais a facilidade do video por aqui posto uma inspiração para os corações românticos (ou não): a belíssima interpretação do Liebestod (Morte de Amor), aria final de 'Tristão e Isolda' de Richard Wagner. Em close, mostrando toda a sua técnica de canto com incrível expressividade, Waltraud Meier está estupenda. Gravado ao vivo na Bayerische Staatsoper München (1999), foi uma produção de Peter Konwitschny sob a regência do maestro Zubin Mehta. Vale todos os seus 9:28 minutos. Bom final de semana!

quinta-feira, setembro 29, 2011

Escuta Só! Aziza Mustafa Zadeh e Bobby McFerrin

A dica que trago desta vez estréia a modalidade video deste blog tão bissexto. Trata-se de um momento de rara beleza e sutileza vocal: o duo do polivalente musicista Bobby McFerrin com a belíssima surpresa vinda do Azerbaijão, Aziza Mustafa Zadeh (cantora, compositora e pianista de jazz). Vejam e escutem como ficou a "Habanera" da ópera Carmen de Bizet. O encontro aconteceu em 2002 na International Jazz Week de Burghausen. Bravo!!!

terça-feira, julho 26, 2011

Rat Pack com Renzo Mora

Caros amigos do Magma,
Hoje o post é sobre um livro que trata de música. Não só música... humor, coolness, arte, ironia e as situações hilárias, impagáveis (e outras tantas tristes e desoladoras) que compõem o período que aglutinou o talento e a genialidade dos senhores Frank Sinatra, Sammy Davis Jr e Dean Martin. Sim, eu me refiro ao Rat Pack. Eu falo do livro 'Três Homens e Nenhum Segredo' de Renzo Mora, livro delicioso que já me dá pena de estar terminando. Renzo Mora é um dos maiores senão o maior sinatrólogo que conheço (é autor do também excelente livro "Sinatra - O Homem e a Música", já incensado aqui em outro post). O lançamento oficial aqui em São Paulo ocorrerá nesta quinta feira dia 28/Jul/2011 no Teatro Santo Agostinho (R. Apeninos, 118 - próximo à estação Vergueiro do metrô) onde o autor comparecerá para autógrafos. Abaixo o link do teatro e o endereço do irreverente blog de Renzo Mora. Não percam!! Como aperitivo

http://www.teatrosantoagostinho.com.br
http://renzomora.wordpress.com/


Como aperitivo um pouco do Rat Pack em ação cantando "The Birth of the Blues" no Kiel Opera House de Saint Louis em 20/Jun/1965 (com Sinatra, Dean Martin, Sammy e o convidado Johnny Carson). Detalhe: a orquestra é de Count Basie e Quincy Jones. Tente não rir...



sexta-feira, julho 01, 2011

Änïmä/Alma de Milton Nascimento



Há quinze dias fui com a Mônica, minha mulher, ao Via Funchal assistir ao esperado show do Milton Nascimento "...e a gente sonhando" aqui em SP. O show, assim como o disco (que eu comentei em post anterior), foi um banho de emoção, sensibilidade e inspirada beleza. As belas canções do novo disco junto com uma série de seus inúmeros clássicos compôs uma noite rara. Milton segue sendo uma das maiores vozes que este país já produziu. Dentre tantas pérolas cantadas uma que eu não estava esperando me maravilhou: Anima (do album de mesmo nome de 1982). Cercado pelo coro dos jovens cantores/as de Três Pontas Milton cantou esta bela canção num arranjo diferente do original (sem os instrumentos do Uakti) mas com um resultado ainda mais emocional, tocando a 'alma' de todos ali presentes. Jogo de vozes celestial.
Ao final ainda tivemos o grande prazer de poder cumprimentar Bituca nos camarins (minha mulher o conhece já há alguns anos). Com sua simplicidade e simpatia tímida nos recebeu com carinho.
Foi uma grande noite. Para quem não teve chance de comparecer vale o alerta para acompanhar o possível retorno do show. Um show só, para São Paulo, é muito pouco.
A Elis disse uma vez, com muita sabedoria, que se Deus cantasse seria com a voz do Milton. Eu não tenho dúvidas disso.
Para aguçar a lembrança de todos segue video com Anima (José Renato / Milton Nascimento):


Para informações sobre Milton acesse o site www.miltonnascimento.com.br

sábado, abril 09, 2011

Improvisações de Keith Jarrett (SP, 06/Abr/11)



















Caríssimos,

Estive lá. Pude presenciar uma noite de rara criatividade, técnica apuradíssima, sensibilidade e "fusão entre pianista e piano" (parafraseando Roberto Nascimento em sua matéria no Estadão, 08/04/11, no link abaixo). Foi absolutamente brilhante. Improvisação do mais alto nível, passando pelo erudito, blues, jazz...e guiando o espírito alto da maioria ali presente. Tão marcante que ainda fico saboreando e viajando na grandiosidade da performance que presenciei.
Única nota lamentável: os poucos desqualificados desrespeitosos que, apesar de todos os avisos por escrito e de viva voz, insistiram nos flashes e conseguiram abreviar o bis. Pena.
De toda forma foi inesquecível.

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Keith Jarrett na Sala São Paulo!

Meus caros, no ultimo final de semana li no jornal que Keith Jarrett, um dos maiores pianistas da história do jazz, irá se apresentar na Sala São Paulo no dia 06/04. Será uma apresentação solo e os ingressos já começaram a ser vendidos (custam de R$ 200 a R$ 400).
Jarrett dispensa apresentações. Como breve lembrança de seu vasto curriculum basta dizer que nasceu em 1945 em Allentown, Pennsylvania (E.U.A.), lançou seu primeiro álbum em 1967 ("Life Between the Exit Signs") e logo depois começou a chamar atenção no cenário do jazz pelo seu virtuosismo. Tocou com lendas como Miles Davis e Art Blakey. Assinou com o prestigioso sêlo ECM e sempre teve total liberdade para explorar os caminhos que quis no jazz moderno, voltar aos grandes standards e mesmo, vez por outra, ousar na música erudita. Já falei bastante dele em posts anteriores por isso vou indicar, sem maiores delongas, a última coisa que tenho ouvido (bastante) dele: o disco “Dmitri Shostakovich. 24 Preludes and Fugues Op. 87”  com um ciclo de obras para piano de Shostakovich que é verdadeiramente uma obra prima. O registro é, numa palavra, espetacular e o seu Prelúdio e Fuga No. 4, Op. 87, em E menor, é um dos meus favoritos:
(Obs: Retirei o link para o No. 4 por ter sido desautorizado pelo autor da postagem no YouTube, pena).

Não perca a chance, se puder, de presenciar in loco sua arte genial. É um dos grandes pianistas (vivos) do nosso tempo..