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quinta-feira, julho 17, 2003

Coldplay. Destino: Brasil

Vários grupos de pop e de rock estão especulando ou anunciando turnês latinas que passam pelo Brasil. Para novembro aportariam por aqui os Foo Fighters, ótima banda de rock de Dave Ghrol (ex-Nirvana). O Metallica, que está tentando reencontrar o seu 'caminho' depois de um período de absoluta falta de criatividade, também desembarcaria por aqui em novembro vindo do Chile (onde já está confirmado). Cogita-se também a vinda de outras bandas como Suede (banda de 'second league' do British rock) e até o Yes (para saudosistas...como eu). Mas o melhor grupo - de modern rock - a vir (conforme divulgado pela EMI está quase tudo acertado) seria o Coldplay.
Esta fantástica banda, liderada pelo vocalista Chris Martin (que os tablóides dizem ser o atual namorado da atriz Gwyneth Paltrow) viria fazer duas apresentações no Brasil: uma no Rio, 3 de setembro no Jockey Club, e a outra em São Paulo no dia 4 no Via Funchal. Se ficar confirmado é o tipo de show que não dá para perder. O Coldplay é uma das melhores coisas surgidas no cenário recente do rock, conforme já falei aqui no Magma. Como aperitivo eu ouviria a bonita balada "The Scientist' do seu segundo e último album "A Rush of Blood to the Head". Um must.

quarta-feira, julho 16, 2003

Norah Jones? Ok. Mas prefiro Luciana Souza.

O 'rocket' chamado Norah Jones. Ela debutou aos 22 anos com seu album "Come Away With Me", Blue Note Records, e com ele alcançou o topo do mundo e um monte de Grammys neste ano. Sua voz: bonitinha, aveludada e de dicção precisa. Mais: uma massiva e correta campanha de marketing, repertório de músicas de apelo 'pop' vestidas com roupagem jazzística (o toque sofisticado) e finalmente um produtor veterano que conhece o business (Arif Mardin). Bonitinho e bem arranjadinho, assim ficou pronto e embalado mais um sucesso de consumo facil e rápido sob o rótulo de 'pop-jazz'. No Brasil ficou conhecida pelo hit "Don´t Know Why" que está na trilha de uma novela 'global' de grande sucesso. Apesar de tudo isso tenho que confessar: me comove pouco. Considerando-se o universo abrigado debaixo da categoria chamada jazz - dos tradicionais aos de vanguarda - há inúmeros trabalhos novos que me emocionam muito mais. Não é que tenha algo contra o talento de Norah Jones. A questão é que fica difícil encontrar algo de especial 'a favor'. Não estou aqui a compará-la com as clássicas vozes femininas do jazz (o que seria uma grande covardia). Há vários outros talentos atuais mais brilhantes. Há por exemplo um diamante vindo do Brasil: a espetacular Luciana Souza (abaixo). Como é bom o seu album 'Brazilian Duos'. Eu sei, isso já foi dito aqui em prosa e verso. Mas eu não posso evitar porque o album é realmente excelente.

terça-feira, julho 15, 2003

Seal

Conhece Sealhenry Samuel? Trata-se do cantor-compositor londrino Seal que nos 90s esteve na linha de frente do 'British soul revival'. Descendente de nigerianos, brasileiros e caribenhos, Seal primeiro apareceu colaborando no single "Killer" do mago do techno Adamski e simplesmente roubou a cena (estamos falando anos 90 aqui). A música, de sua autoria e com o seu vocal, virou hit e o catapultou para a gravação de seu primeiro album chamado "Seal" que teve sucesso transatlântico. O album tinha a dançante 'Crazy' (lembram?) que cansou de tocar na MTV de então. Com voz negra levemente rouca, sofrida, em tom alto, Seal ainda gravou mais dois albums e emplacou outros sucessos (especialmente a bonita balada "Kiss From A Rose", tema do filme 'Batman Forever', que lhe rendeu vários Grammys em 1996 incluindo 'Música do Ano' e 'Melhor Performance Vocal Pop'). Depois disso aparentemente decidiu dar um tempo... até agora. Está lançando um novo album, que originalmente se chama "Seal", cheio de ritmo, funk, soul (Philadelphia soul) e arranjos de metais. Pude ouvir em primeira mão uma única música que é a minha recomendação de hoje: a ótima "Waiting for You". Ouça e tente manter os pés parados ou os dedos sem estalar...

segunda-feira, julho 14, 2003

Dia Mundial do Rock

Rock-maníacos celebrai! Foi ontem o 'Dia Mundial do Rock' e em toda a mídia, bem como em palcos e parques da cidade, a data foi bastante comemorada. Por que 13 de julho? Porque nesse dia em 1985 foi realizado o Live Aid, um megafestival organizado por Bob Geldof (vocalista do inexpressivo grupo 'The Boomtown Rats' e ator protagonista do filme "The Wall" de Alan Parker com música do Pink Floyd). Aliás, creio que esse festival foi a grande realização musical de Geldof. Foi um grande evento dedicado a levantar fundos para as vítimas da fome na África que contou com inúmeros rock stars (U2, Mick Jagger, Tina Turner, Madonna, Phil Collins, Bruce Springsteen, Bob Dylan, entre outros) em concertos simultâneos em Londres e Philadélfia. Os mais velhos devem se lembrar. Apesar do acerto da causa os shows tiveram algumas mancadas memoráveis. Uma das mais hilárias ocorreu quando o grande Bob Dylan subiu ao palco sozinho com seu violão e arregimentou na hora os 'Stones' Keith Richards e Ron Wood para acompanhá-lo em "Blowin' in the Wind". Os dois subiram empunhando outros dois violões (arrumados sabe-se lá onde) que estavam completamente desafinados. Em sua animação Dylan não notou que seus dois companheiros passaram a música inteira tentando afinar as cordas sem qualquer sucesso. Isso frente a uma platéia de uns 100 mil expectadores (sem contar os milhões que acompanhavam o show pela TV e radio). A apresentação foi horrivel porém a platéia não deixou de aplaudir ao final como que em respeito à lendária figura. São fatos como esse que ajudam a construir o mito em torno de ídolos como Dylan. Cheers!