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segunda-feira, setembro 28, 2009

Brava Pina!

No último sábado assisti ao espetáculo da companhia de dança Pina Bausch Wuppertal Tanztheater, no Teatro Alpha. Era ocasião especial não só pela oportunidade de voltar a assistir ao trabalho do grupo mas também pelo fato da companhia infelizmente não contar mais com a sua criadora/coreógrafa, falecida este ano. Como nas vezes anteriores em que assisti à companhia, fiquei absolutamente embasbacado e saí de lá em estado de graça. Me é difícil expressar, sem repetir os comentários de pessoas mais aptas que eu a analisar a dança (a começar pela minha mulher Mônica), o quanto o trabalho de Pina é magnífico e tocante. As coreografias vão muito além da dança pois trabalham a dramaticidade, a idéia, o humor, o patético, o sensível, enfim, o absurdo e o divino que compõem o ser humano. ‘Café Müller’ (muito inventivo) e ‘A Sagração da Primavera’, rito bárbaro magistralmente pulsante, me fizeram ouvir e perceber as respectivas peças de Purcell e Stravinsky sob pontos de vista novos. As peças musicais, a semi-ópera 'The Fairy Queen' do inglês Henry Purcell (para Café Müller) e 'Le Sacre Du Printemps' (A Sagração da Primavera) de Stravinsky respectivamente, ficaram melhores nestes trabalhos de Pina. Espero que seu trabalho tão original e moderno siga sendo conduzido pela Pina Bausch Wuppertal Tanztheater agora que ela, sua principal pensadora, não mais está. Uma lágrima e um 'Brava!' para Pina. Para um lampejo do que quero dizer, chequem o link: http://www.youtube.com/watch?v=KXVuVQuMvgA
Heloíza Bortz