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domingo, outubro 04, 2009

Os mil tons de Milton

Há algum tempo tenho recomendado a amigos uma das (poucas) jóias que chegaram ao mercado brasileiro de música nos últimos dois anos. Com atraso de minha parte neste blog, mas em tempo para registro, me refiro ao album 'Milton Nascimento & Belmondo'. Um grande trabalho esta parceria entre os irmãos músicos de jazz Lionel e Stéphane Belmondo, filhos do ator Jean Paul Belmondo, e o nosso antológico Milton Nascimento. Gravado em 2007 foi lançado aqui só este ano pela Biscoito Fino.
Milton é uma das maiores referências dentro da música brasileira por seu trabalho genial composto por já clássicas canções, parcerias e gravações. Isto sem contar que também é, em minha opinião, uma das nossas maiores vozes, um dos nossos maiores cantores de todos os tempos. 'Certas canções que ouço...' eu simplesmente não consigo imaginar a não ser na voz de Milton, mesmo quando não é uma composição sua. Veja o caso da sua versão para 'Beatriz' de Chico e Edu para o 'Circo Místico'. Definitiva. 
‘Milton Nascimento & Belmondo’ é um grande album do início ao fim. A releitura dos arranjos dos dois irmãos franceses junto com a Orchestra Nacional da França (regida por Cristophe Mangou) ficou belíssima para as canções da inspirada primeira fase da carreira de Milton.
Provem duas, entre todas que poderia indicar, com uma sublime moldura de cordas e sopros: ‘Canção do Sal’ e 'Morro Velho'. A voz de Milton, mais madura, expressa em cada sílaba mais sofrimento, delicadeza e paixão.
Link no youtube para ‘Canção do Sal”: